terça-feira, 6 de março de 2012

De repente

De repente, não mais que de repente;
Me dei conta que, de fato, muita coisa havia mudado;
Principalmente em mim.
Já não havia mais a alegria de outrora, aquela que salta aos olhos;
As emoções eram moderadas e controladas;
A vivacidade de menina pouco se apresentava;
E os sonhos...bem, esses eram previsíveis.

Tornei-me adulta na alma. Enfim!
Achei que ela seria eternamente adolescente.
Agora sim, tudo leva a crer que está compatível com a idade;
Mas, me pergunto se isso é bom ou ruim?
E ainda não tenho resposta definida.
Penso que pode ser as duas coisas ao mesmo tempo.
E talvez, nem uma nem outra.

Responsabilidade, compromisso, votos,família,
Tudo isso faz com que nos tornemos mais maduros;
Mas uma coisa é certa: Aquela adrenalina e os fogos de artíficio
Que estouravam dentro de mim, ainda existem sim.
Só depende das circunstâncias para que eles reacendam.
De repente me ví sozinha mesmo em meio a tanta gente,
Parece que meu mundo perdeu boa parte do brilho que ele tinha.

E às vezes me pergunto: Como pode ser assim,
Se todos que me pertencem estão perto de mim?
Minha alma silencia e as lágrimas soltas revelam
O que nem eu sou mais capaz de falar.
É uma falta tão pungente que chega a doer no peito,
A minha alegria embora exista não tem mais a mesma cara de outrora,
E assim vou seguindo agradecendo pelo que ainda tenho e também pelo que perdi.

kadidja Paiva