"A identificação é tão profunda que a criatura amante não se pode distinguir da criatura amada.
Há uma fusão das realidades. As identidades se misturam, tal qual o espelho e a imagem refletida.
O amor tem o dom de fundir as identidades, tornando-as uma só, mas sem que as particularidades se percam na fusão.
Cada um é um a sós, mas juntos se transformam em uma terceira pessoa que chamamos de nós.
A paixão nasce é pela terceira pessoa.
Queremos ficar ao lado de quem nos faz parturejar um nós que nos satisfaça e que nos torne felizes.
A isso chamamos simpatia; a isso chamamos paixão, e depois amor.
Não é fantástico esse pensamento? O que gostamos no outro é o que sobra do nosso encontro. É o que derrama, o que não coube nos dois".